sábado, 3 de julho de 2010

MAIS ALGUMAS DICAS IMPORTANTES

Abaixo seguem mais algumas dicas importantes sobre a abertura no xadrez:

- DESENVOLVA RAPIDAMENTE TODAS AS PEÇAS
A abertura é a fase do jogo na qual o principal objetivo é desenvolver as peças e fazer o roque o mais rapidamente possível. A abertura estará completa quando um ou ambos os jogadores tiverem as suas torres conectadas. O jogador que terminar o seu desenvolvimento primeiro, ganhará a iniciativa.

- DESENVOLVA OS CAVALOS ANTES DOS BISPOS
Enquanto os bispos conseguem controlar várias casas de suas posições originais, se não houver peões obstruindo sua passagem, os cavalos, por serem peças de menor mobilidade, dominam apenas as casas vizinhas e demoram mais para chegar ao campo adversário.

- NÃO MOVA DUAS VEZES A MESMA PEÇA DURANTE A ABERTURA
A cada lance, tente colocar suas peças nas melhores posições possíveis. Mexer a mesma peça mais de uma vez durante a abertura é uma perda de tempo e pode significar a perda da iniciativa.

- NÃO FAÇA MOVIMENTOS DESNECESSÁRIOS DE PEÕES NA ABERTURA
Durante a abertura deve-se restringir ao máximo o movimento de peões. Pois, o tempo gasto com esses movimentos poderia ser utilizado para desenvolver uma peça. Geralmente, o movimento de peões é adequado quando tem a finalidade de ocupar o centro ou abrir diagonais para a dama e os bispos.

-NA ABERTURA COLOQUE A DAMA ATRÁS DA SUA PRÓPRIA LINHA DE PEÕES
Por ser uma peça muito poderosa, a dama também é uma peça muito vulnerável e alvo constante de ataque adversário. Por isso, durante a abertura é conveniente colocá-la atrás de um peão, preferivelmente na segunda fila, liberando a primeira fila para o desenvolvimento das torres.

- NUNCA TROQUE PEÇA DESENVOLVIDA POR PEÇA NÃO DESENVOLVIDA
Em geral é um péssimo negócio trocar uma peça bem colocada por uma peça má colocada. Quando você troca uma peça desenvolvida por uma peça não desenvolvida adversária, você perde o tempo consumido poraquela peça e a mesma coisa é válida se você trocar uma peça que se moveu várias vezes, por uma do adversário que moveu-se apenas uma vez.

- FAÇA O ROQUE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
A segurança do rei é um dos mais importantes fatores durante a abertura e o meio-jogo. O rei no centro, principalmente em posições abertas, estará sempre vulnerável a ataques do adversário. Rocar significa colocar o seu rei confortavelmente atrás de uma barreira de peões e permitir o desenvolvimento de uma torre que rapidamente poderá ocupar uma coluna aberta ou semi-aberta.

- O ROQUE PEQUENO É MAIS SEGURO DO QUE O ROQUE GRANDE

- TENTE IMPEDIR O ROQUE DO SEU ADVERSÁRIO
Se o seu adversário está demorando muito para rocar, tente prolongar ainda mais a sua estadia no centro. Uma das maneiras mais usuais de se fazer isso é controlar uma das casas de passagem do rei (normalmente f1 ou f8, no caso do roque pequeno). Manter o rei adversário no centro, na maioria das vezes, vale o sacrifício de um peão.

- DOMINE O MAIOR TERRITÓRIO POSSÍVEL
Aquele que possui vantagem de espaço dispõe de maior mobilidade para suas peças e, portanto, mais flexibilidade em transferir suas peças de uma ala para a outra. Enquanto que, aquele que está numa posição restringida, tem dificuldade de manobrar suas peças, o que pode ser fatal se elas forem requeridas para a defesa do rei. Além de mais rápido (você só precisa mover duas peças), o roque pequeno deixa o rei mais longe do centro e mais seguro atrás de uma fileira de peões protegidos. No entanto, fazer o roque na ala oposta ao do adversário, pode ser muito interessante para criar mais chances de ataque.

- AVANCE PEÕES PARA GANHAR ESPAÇO
Embora o avanço de peões seja o principal recurso para restringir a posição inimiga, essa regra deve ser observada com cuidado, pois quanto mais distante os peões estiverem da sua base se tornam mais difíceis de serem defendidos. Além do mais, cada avanço de peão cria fraquezas em suas adjacências, que podem vir a ser ocupadas por peças inimigas.

- MANTENHA SUAS PEÇAS O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DO CENTRO
Uma peça no centro controla mais casas do que em qualquer outra parte do tabuleiro. Enquanto um cavalo colocado no centro pode se mover para oito casas, um cavalo situado em um dos cantos tem apenas duas opções de movimento. O controle do centro também é importante porque é através dele que as peças se movimentam de um lado para o outro do tabuleiro e, se as suas peças conseguem se movimentar mais rapidamente do que as peças do seu adversário, então você terá mais chances de criar um ataque bem sucedido.

- NÃO DÊ XEQUES DESNECESSÁRIOS
Cheque desnecessário é aquele que pode ser facilmente defendido pelo adversário. Durante a abertura a maioria dos cheques pode ser defendida com lances que favorecem o desenvolvimento.

- EVITE OS PEÕES DOBRADOS
Peões dobrados são dois peões da mesma cor, numa mesma coluna. Os peões dobrados têm menos mobilidade que os peões normais e são mais vulneráveis ao ataque inimigo, especialmente quando são isolados. Contudo, nem sempre peões dobrados são uma desvantagem. Muitas vezes, o dominio da coluna aberta ou semi-aberta adjacente ou o controle adicional do centro, pode ser uma compensação suficiente.

- EVITE OS PEÕES ISOLADOS
Peões isolados são aqueles que não têm peões da mesma cor nas colunas vizinhas. Portanto, quando são atacados, não podem ser defendidos por outro peão, mas devem ser defendidos por peças. A principal fraqueza de um peão isolado é que a casa em frente dele é débil porque não pode ser controlada por outro peão e pode ser ocupada por uma peça inimiga. Os peões isolados são ainda mais vulneráveis quando estão em colunas semi-abertas, pois são alvos fáceis para as torres adversárias.

- EVITE AS ILHAS DE PEÕES
Cada grupo de peões separados por uma ou mais colunas é chamado de ilha. Cada ilha possui uma base que deve ser defendida por peças. Portanto, quanto mais ilhas de peões você tiver, maior a dificuldade para defendê-las. Sempre que fizer uma troca é muito útil considerar como ela influenciará a sua estrutura de peões. Nos finais de partida, o menor número de ilhas de peões pode ser considerada uma vantagem significativa.

- EVITE AVANÇAR OS PEÕES COLGANTES
Chamamos peões colgantes, quando dois peões vizinhos não possuem amigos em suas colunas adjacentes. Se eles estiverem numa mesma fila, eles podem controlar várias casas à sua frente, o que é uma vantagem, mas em compensação eles não podem ser defendidos por outros peões. Se um deles avança, se cria um peão atrasado e uma casa débil que pode ser explorada pelo adversário.

- SEMPRE QUE POSSÍVEL, CRIE UM PEÃO PASSADO
Peão passado é aquele que não possui peões adversários no seu caminho, tanto na coluna onde está como nas colunas vizinhas. O peão passado é considerado uma arma muito perigosa pois tem a possibilidade de avançar até a oitava fila e se promover.

-COLOQUE SEMPRE UMA TORRE ATRÁS DE UM PEÃO PASSADO
As torres se tornam mais ativas quando estão atrás de um peão passado, tanto para apoiar os seus próprios peões, quanto para atacar os peões adversários. Se eles estiverem numa mesma fila, eles podem controlar várias casas à sua frente, o que é uma vantagem, mas em compensação eles não podem ser defendidos por outros peões. Se um deles avança, se cria um peão atrasado e uma casa débil que pode ser explorada pelo adversário.

-EVITE AVANÇAR OS PEÕES QUE PROTEGEM O SEU REI
Cada movimento de peão cria uma debilidade que, embora pareça irrelevante à primeira vista, pode vir a ser explorada mais tarde pelo adversário.

-EVITE TROCAS DESNECESSÁRIAS
Como regra geral você só deve trocar peças:
» Quando o seu adversário detém a iniciativa;
» Quando você tiver uma posição restrita;
» Para enfraquecer a estrutura de peões do seu oponente;
» Quando você tiver vantagem material;
» Para trocar uma peça passiva por uma peça ativa adversária;
» Para simplificar a posição e conseguir um final mais favorável;

-BLOQUEIE SEMPRE OS PEÕES PASSADOS DO ADVERSÁRIO
Um peão passado, principalmente quando está bem defendido por peças inimigas, pode se tornar uma arma muito poderosa e por isso deve ser bloqueado o mais rápido possível. Bloquear um peão significa conter o seu avanço colocando uma peça no seu caminho. O cavalo e o bispo são consideradas as melhores peças para fazer o bloqueio.

DEFINIÇÃO DE ABERTURAS

Uma abertura de xadrez é um grupo de movimentos iniciais do jogo de xadrez (os movimentos de aberturas). Seqüências reconhecidas de movimentos de aberturas são denominadas aberturas ou defesas, e possuem nomes tais como Defesa siciliana ou Gambito da dama recusado.

Existem dúzias de aberturas diferentes, com centenas de variantes nomeadas.

A Oxford Companion to Chess lista 1327 aberturas e variantes. Estas variam amplamente desde posições tranqüilas (por exemplo a Abertura Réti e algumas linhas do Gambito da Dama Recusado) a táticas de jogo arrojadas (por exemplo o Gambito Letão e a Defesa dos dois cavalos).

Uma seqüência de movimentos de abertura que é considerada padrão (algumas vezes catalogada em trabalhos de referência como a The Encyclopaedia of Chess Openings (ECO) é denominada com “o livro de movimentos', ou simplesmente “livro”. Estes trabalhos de referência algumas vezes apresentam esta seqüência de movimentos em notação algébrica, árvores de aberturas, ou tabelas de teorias.

Quando um jogo começa a se desviar da teoria de aberturas conhecidas, os jogadores dizem estar “fora do livro”. Em algumas linhas de aberturas, os movimentos considerados melhores para ambos os lados tem sido estudados até o vigésimo lance ou mais.

Enxadristas profissionais dedicam anos de estudos em aberturas, e continuam a fazê-lo durante suas carreiras, assim a teoria das aberturas continua a evoluir.

A abertura é a primeira fase do jogo de xadrez, e pode, efetivamente, decidir o resultado da partida: um erro na abertura pode levar a falhas irremediáveis, como peças posicionadas longe do foco da ação do jogo, inúteis portanto, até a criação de vulnerabilidades que, exploradas corretamente pelo oponente, levam a uma derrota acachapante. Mas a abertura é também um assunto árido e extenso. Não são incomuns estudos de aberturas que levam a mais de 30 lances, partindo da posição inicial. Para o jogador novato, a enorme quantia de teoria de aberturas é intimidadora e, na verdade, paralisante.

Entretanto, com um conhecimento sólido dos princípios que orientam as aberturas, um jogador principiante verá seu jogo progredir, mesmo que seu conhecimento teórico de aberturas seja mínimo. Isto por que todas as aberturas seguem uma série de princípios básicos. Estudar e compreender estes princípios, e saber como colocá-los em prática é muito mais importante do que memorizar dezenas de lances de dezenas de aberturas diferentes: a memória pode trair o jogador, mas o princípio sempre vai servir de orientação para a escolha do melhor lance.

Além do conhecimento sobre os princípios que orientam as aberturas, é importante que o jogador novato conheça algumas aberturas, escolha suas linhas de jogo preferidas, e desenvolva seu xadrez a partir daí. Para isto, sugerimos um repertório mínimo de aberturas. O estudo destas aberturas e algumas partidas exemplo darão ao enxadrista uma base sólida sobre este aspecto do jogo.


Objetivo da abertura


Embora exista uma larga variedade de movimentos que podem ser jogados na abertura, os objetivos por trás desses são, resumidamente falando, os mesmos. O primeiro e mais importante objetivo é evitar perder o jogo e evitar perder peças de valor, assim como em outras fases do jogo. Entretanto, assumindo que nenhum jogador irá cometer um erro grave na abertura, os objetivos principais incluem:

Desenvolvimento: Um dos objetivos principais na abertura é mobilizar as peças para casas úteis, onde irão ter impacto no jogo. Para este fim, cavalos são normalmente desenvolvidos para f3, c3, f6 e c6 (ou algumas vezes e2, d2, e7, d7) e ambos os peões de e- e d- são movidos para os bispos poderem se desenvolver (alternativamente, o bispo pode ser flanqueado com uma manobra tal como g3 e Bg2. Mobilização rápida é a chave. A rainha entretanto não é normalmente utilizada numa posição central no início do jogo, pois é provável de ser atacada, obrigando o jogador a perder tempo para salvá-la.


Controle do centro: No início do jogo não é claro em que parte do tabuleiro as peças serão necessárias. Entretanto, controlar as casas centrais permitem as peças serem movidas para qualquer parte do tabuleiro com relativa facilidade, e pode ter um efeito devastador para o oponente.

Uma visão clássica é que o controle do centro é mais bem controlado estabelecendo peões, idealmente em d4 e e4 (ou d5 e e5 para as pretas).

Entretanto a Escola Hipermoderna demonstrou que não é sempre necessário ou até mesmo desejável ocupar o centro desta maneira, e que um peão muito avançado pode ser atacado, deixando a arquitetura de defesa vulnerável; um peão ocupando o centro é pouco valioso a não ser que possa ser mantido.

A Escola Hipermoderna, todavia prega o controle do centro a distância, destruindo a ocupação do oponente no centro, e apenas o tomando posteriormente no jogo. Isto leva a aberturas tais como a Defesa Alekhine numa linha de 1. e4, Nf6; 2. e5, Nd5; 3. d4, d6; 4. c4, Nb6; 5. f4 (o Ataque dos quatro peões), a branca tem um formidável centro com peões, mas as pretas esperam miná-lo posteriormente no jogo, deixando a posição das brancas exposta. OBS.: Representa-se Cavalo (C) por "N" pois a linguagem utilizada é inglesa.

Proteger o Rei: O Rei fica um pouco desprotegido no meio do tabuleiro. Ações devem ser tomadas para reduzir esta vulnerabilidade. É comum então para ambos os jogadores rocarem na abertura (simultaneamente desenvolvendo uma das torres) ou de outra maneira trazendo o rei para o canto por meio de um roque artificial.


Fraqueza dos peões: As maiorias das aberturas tentam evitar a criação de peões fracos tais como isolados, dobrados, atrasados ou ilhas de peões etc. Algumas aberturas sacrificam as considerações de fim de jogo para um rápido ataque nas posições do oponente. Algumas aberturas desbalanceadas das pretas, em particular, fazem uso dessa idéia; tais como a Holandesa e a Siciliana. Enquanto outras aberturas, tais como a Alekhine e a Benini convidam o oponente a estender e formar uma fraqueza de peões. Certas aberturas aceitam a fraqueza de peões em troca de compensações como uma forma dinâmica de jogar.


Coordenação das peças: Como cada enxadrista movimenta suas peças, cada movimento tenta assegurar que elas estão trabalhando harmoniosamente em direção às casas chaves.

Além dessas idéias, outras estratégias usadas no meio do jogo podem também ser desenvolvidas na abertura. Estas estratégias incluem preparar os peões para um contra-ataque, visando criar uma fraqueza na estrutura de peões do oponente, manter o controle de casas-chave, fazer trocas favoráveis de peças menores (por exemplo, ganhando o par de bispos), ou ganhando a vantagem do espaço, seja no centro ou nos flancos.


Em termos gerais, muitos escritores (por exemplo, Reuben Fine em "As idéias por trás das aberturas de xadrez", comentam que a tarefa das brancas na abertura é preservar e incrementar a vantagem conferida pelo primeiro movimento, enquanto que a tarefa das pretas é igualar o jogo. Entretanto muitas aberturas fornecem a chance das pretas jogarem agressivamente para adquirir vantagem desde o início do jogo.


De acordo com o MI Jeremy Silman, o propósito da abertura é criar um balanço dinâmico entre os dois lados, que irá determinar a característica do meio-jogo e os planos estratégicos escolhidos por ambos os lados. Por exemplo, na variação Winawer da abertura francesa, as brancas irão tentar usar seu par de bispos e a vantagem do espaço para atacar a ala do Rei, enquanto as pretas irão simplificar trocas (em particular, trocando um dos bispos brancos para destruir a estratégia das brancas) e irão contra-atacar a fraca linha de peões na Ala da Dama.
Princípios das Aberturas

As aberturas regem-se por alguns princípios da estratégia: o domínio do centro do tabuleiro, a coordenação das peças, e o ataque a pontos vulneráveis. Além disso, as aberturas visam a criação de oportunidades táticas para os jogadores. Em alguns casos as aberturas também servem para paralisar o jogo, anulando a força de um jogador tático, por exemplo. De qualquer forma, quando jogar uma abertura, devem-se:


1. fazer poucos lances de peão, um ou dois devem ser suficientes
2. movimentar cavalos e bispos antes de torres e dama
3. levar as peças para as casas em que são mais efetivas
4. colocar o rei em uma posição protegida
5. evitar fazer vários lances com a mesma peça
6. desenvolver o máximo de peças, de preferência todas elas, nas 10 primeiras jogadas
7. evitar bloquear as próprias peças


Peões

No início da partida, os jogadores podem movimentar qualquer dos oito peões e os dois cavalos. Estas são as únicas opções no início da partida, por que os peões bloqueiam todas as outras peças. É preciso, portanto, movimentar os peões de modo a libertar as peças (bispos, dama e torres), e já buscando o controle do centro do tabuleiro.

Para isto, normalmente move-se pelo menos dois peões, o peão do rei (coluna "e") e o peão da dama (coluna "d"). Também são usados em algumas aberturas os peões dos bispos (colunas "c" e "f"), embora o movimento de um peão em frente a um bispo não o libere.

De qualquer forma, a abertura mais popular é "1. e4", ou seja, movimentar o peão da frente do rei duas casas. Este lance liberta o bispo do rei e a dama, e estabelece o controle da casa "d5" no centro do tabuleiro. Normalmente partidas iniciadas com este lance são chamadas de partidas abertas, e levam a um combate intenso nas casas centrais do tabuleiro. Era a abertura predileta de Bobby Fisher.

O segundo lance mais popular nas aberturas é "1. d4", as aberturas da dama. Também é considerado um lance forte, já que abre o caminho para o bispo da dama, e a própria dama.

Outros lances de peão iniciais são menos comuns, e alguns são considerados fracos. As aberturas de peão da torre são consideradas as piores, já que liberam uma peça que, normalmente, tem sua ação limitada nas posições iniciais, onde existem muitos peões e peças no tabuleiro. Entretanto, não se deve desprezar o jogador especializado.


Para as pretas, a resposta mais comum para "1. e4" é "1...e5", "1...c6", "1...c5", que tentam também estabelecer controle do centro do tabuleiro, abrindo também o caminho para as peças.
As melhores casas para os peões são as casas centrais, nas colunas "c", "d", "e", e "f".

Normalmente não são necessários mais que dois lances de peão para liberar todas as peças. Na situação ideal, os peões da dama e do rei avançam duas casas cada um. A missão do outro jogador é impedir que isto aconteça, avançando seus próprios peões, o que resulta em uma posição de compromisso. Entretanto, movimentar mais de dois ou três peões na abertura geralmente é perda de tempo, principalmente se o oponente desenvolver as próprias peças.


Bispos e Cavalos


No início da partida, os bispos e cavalos geralmente gozam de mobilidade aumentada. Enquanto os peões geralmente só se movem uma casa, e as torres tem seus movimentos tolhidos pelas próprias peças, cavalos conseguem se deslocar para qualquer lado do tabuleiro rapidamente, e os bispos também são capazes de fazer pressão e controlar as diagonais principais do tabuleiro.

Normalmente os jogadores procuram apoiar seus peões centrais ou atacar peões vulneráveis usando bispos e cavalos. Para os bispos, as melhores casas estão nas diagonais principais ("a1" a "h8" e "a8" a "h1"), onde é maior seu alcance, e onde eles exercem pressão sobre peões que normalmente são frágeis. Outras diagonais importantes são as imediatamente ao lado das diagonais principais, da mesma cor ou da cor diversa da diagonal principal.

Os cavalos são peças de alcance médio. O fato de poderem se deslocar sobre outras peças os tornam peças especialmente úteis para proteger peões, de trás. As melhores casas para os cavalos são, portanto, as próximas aos peões centrais. Um cavalo que esteja centralizado tem seu alcance máximo (8 casas), enquanto em uma lateral ele normalmente perde duas ou quatro casas no seu alcance.


As melhores casas para os bispos estão nas diagonais principais ou próximas delas, e os cavalos devem ficar o mais centralizado possível.


Torres e Dama
A Dama deve ficar protegida no início do jogo. Uma dama levada prematuramente ao centro do tabuleiro pode significar perda de tempo e de oportunidades de desenvolvimento, já que pode ser espantada facilmente por peças menores. Tarrasch dizia que "todo ganho de peão na abertura com a Dama é um erro". As melhores posições para a Dama, no início do jogo, é atrás, apoiando bispos e cavalos.


As Torres são as peças mais difíceis de movimentar no início da partida. Normalmente elas só são movimentadas depois de bispos e cavalos, e se limitam a ficar na mesma linha, apenas procurando as colunas centrais.

A dama deve ficar junto com as torres, atrás dos peões e peças, apoiando-as.


Rei
O rei, no início do jogo, é só um estorvo. É, durante toda a partida, a peça mais delicada, e para ele se dirigem todos os ataques do adversário. É importante tirar o rei do centro do tabuleiro o quanto antes, colocando-o em uma posição protegida, guardado por peões e algumas peças.

A maneira de conseguir fazer isto é rocando. O roque é um lance que realiza muito para o desenvolvimento da partida: traz para o jogo uma das torres, e protege o rei. Entretanto, o roque não pode ser feito antes do terceiro lance, já que há pelo menos um bispo e um cavalo no meio do caminho, que precisam ser retirados para que o roque seja executado.

O rei deve ser protegido, de preferência com um roque, de preferência com o roque pequeno.

Jogo Aberto (1.e4 e5)


As Brancas iniciam jogando 1.e4 (movendo o Peão do Rei dois espaços). Este é o movimento mais popular e têm muitas vantagens — controla imediatamente o centro e libera duas peças: a Dama e o Bispo. Bobby Fischer classificou 1.e4 como "melhor por teste", mas por outro lado 1.e4 põe o peão numa casa não defendida e enfraquece d4 e f4. Se as Pretas responderem ao movimento com 1...e5, o resultado é um jogo aberto.

O Segundo movimento mais popular para as Brancas é 2.Cf3, atacando o Peão das pretas, preparando para o roque na ala do rei e preparando o avanço do Peão da Dama para d4. A resposta mais comum das Pretas é 2...Cc6, que usualmente leva para abertura Ruy Lopez, Giuoco Piano, Defesa dos dois cavalos, ou o Gambito Escocês. Se as pretas mantêm a simetria de movimentos e contra-atacam o centro com 2...Cf6 o resultado é a Defesa Petroff. 2...d6, a Defesa Philidor, não é popular no xadrez moderno porque permite uma fácil vantagem especial para as Brancas enquanto as Pretas permanecem pregadas e passivas, entretanto sólidas.

Outras respostas para 2.Cf3 não são vistas em níveis de mestre. 2...f6?, a Defesa Damiano é considerada muito fraca. 2...Qe7, a Defesa Câmara, proteje o peão em e mas não ajuda o desenvolvimento das outras peças menores das Pretas, e bloqueia o bispo do rei. 2...d5?!, o Gambito Elefante, e 2...f5?!, o Gambito Letão, são muito arriscadas para as Pretas.

As mais populares alternativas para 2.Cf3 são 2.Cc3 (a Abertura Viena), 2.Bc4 (a Abertura do Bispo) e 2.f4 (o Gambito do Rei). Todas estas têm algumas similaridades entre elas, em particular a Abertura do Bispo que frequentemente se transpõe na Abertura Viena. O Gambito do Rei foi extremamente popular no Século XIX, com as Brancas sacrificando um peão por um desenvolvimento rápido e pondo peão das pretas para fora do centro. A Abertura Viena frequentemente retrata ataques ao centro das Pretas por meio do avanço do peão de f2-f4.

Na Abertura do Centro, 2.d4, as Brancas imediatamente abrem o centro mas se o peão está para ser recuperado depois com 2...exd4, as Brancas precisam usar a Dama prematuramente com 3.Qxd4. Uma alternativa é sacrificar um ou dois peões, como por exemplo no Gambito Dinamarquês. O desenvolvimento premature da Dama no Ataque Parham e a Abertura Napoleão parecem amadoras. De fato, elas são usualmente utilizadas por novatos, mas o Ataque Parham tem sido utilizado em alguns torneios de GMs. A Abertura Portuguesa, Abertura Alapin, Abertura Konstantinopolsky, e a Abertura Húngara Invertida são raras, tentativas anormais para as Brancas.


* 1.e4 e5 Abertura Dupla do Peão do Rei ou Abertura Aberta
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 Abertura Ruy López
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.c3 Abertura Ponziani
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.d4 Abertura Escocesa
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Abertura Italiana
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Bc5 Abertura Giuoco Piano
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Bc5 4.b4 Gambito Evans
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Cf6 Defesa dos Dois Cavalos
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Be7 Defesa Húngara
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Cd4?! Gambito Blackburne Shilling
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 f5?! Gambito Rousseau
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Cc3 Cf6 Abertura dos Quatro Cavalos
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Cc3 alguma coisa além de 3...Cf6 Abertura dos Três Cavalos
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.g3 Abertura Konstantinopolsky
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cf6 Defesa Petroff
* 1.e4 e5 2.Cf3 f5 Gambito Letão
* 1.e4 e5 2.Cf3 f6 Defesa Damiano
* 1.e4 e5 2.Cf3 d5 Gambito Elefante
* 1.e4 e5 2.Cf3 d6 Defesa Philidor
* 1.e4 e5 2.Cf3 De7 Defesa Câmara
* 1.e4 e5 2.Cf3 Df6 Defesa Greco
* 1.e4 e5 2.Bc4 Abertura do Bispo
* 1.e4 e5 2.Cc3 Abertura Viena
* 1.e4 e5 2.f4 Gambito do Rei
* 1.e4 e5 2.d4 exd4 3.Qxd4 Abertura do Centro
* 1.e4 e5 2.d4 exd4 3.c3 Gambito Dinamarquês
* 1.e4 e5 2.Dh5 Ataque Parham
* 1.e4 e5 2.Bb5 Abertura Portuguesa
*1.e4 e5 2.c3 Abertura Lopez
* 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Be2 Abertura Húngara Invertida
* 1.e4 e5 2.Ce2 Abertura Alapin
* 1.e4 e5 2.Df3?! Abertura Napoleão


Jogo Semi-aberto (1.e4, as Pretas jogam diferente de 1...e5)


Nos jogos semi-abertos as Brancas jogam 1.e4 e as Pretas quebram a simetria imediatamente com um movimento diferente de 1...e5. As defesas mais populares para 1.e4 são a Siciliana, a Francesa e a Caro-Kann. A Pirc e a Moderna também são vistas, enquanto a Alekhine e a Escandinava tem ocasionalmente aparecido em jogos do Campeonato Mundial de Xadrez. A Nimzowitsch é jogável mas rara, assim como a Owen. A Defesa Grob e a Defesa St. George são estranhas, entretanto Tony Miles certa vez utilizou a Defesa St. George's para derrotar o então campeão mundial Anatoly Karpov.

A Defesa Siciliana e a Francesa levam a posições desbalanceadas que podem oferecer um jogo interessante com ambos os lados tendo chances de vencer. A Defesa Caro-Kann Defense é sólida com as Pretas pretendendo utilizar o peão-c para apoiar seu centro (1.e4 c6 2.d4 d5). A Defesa Alekhine, Pirc e a Moderna são hipermodernas em que as Pretas incitam as Brancas a construir um centro largo, com o objetivo de atacá-lo a distância.

* 1.e4 a6 Defesa St. George
* 1.e4 b6 Defesa Owen
* 1.e4 c5 Defesa Siciliana
* 1.e4 c6 Defesa Caro-Kann
* 1.e4 Cc6 Defesa Nimzowitsch
* 1.e4 d5 Defesa Escandinava
* 1.e4 d6 2.d4 f5 Defesa Balogh
* 1.e4 d6 2.d4 Cf6 3.Cc3 c6 Defesa Tcheca
* 1.e4 d6 2.d4 Cf6 3.Cc3 g6 Defesa Pirc
* 1.e4 e6 Defesa Francesa
* 1.e4 e6 2.d4 c5 Defesa Franco-Benoni
* 1.e4 Cf6 Defesa Alekhine
* 1.e4 g5 Defesa Grob
* 1.e4 g6 Defesa Moderna
* 1.e4 f5 Defesa Fred


Jogo Fechado (1.d4 d5)


As aberturas classificas como fechadas começam com 1.d4 d5. O movimento 1.d4 oferece os mesmos benefícios de desenvolvimento e controle do centro como 1.e4 faz, mas em vez do Peão do Rei em e4 que está indefeso, o peão d4 está protegido pela Dama Branca. Esta pequena diferença tem um tremendo efeito na abertura. Por exemplo, enquanto o Gambito do Rei raramente é jogado nos níveis avançados de xadrez, o Gambito da Dama permanence como uma arma popular em todos os níveis do jogo. Também, quando comparadas com as aberturas do Peão do Rei, as transposições entre variações são mais comuns e críticas nos jogos fechados.

O Ataque Richter-Veresov, Sistema Colle, Ataque Paredão, e o Gambito Blackmar-Diemer são classificados como aberturas do Peão da Dama porque as Brancas jogam d4 mas não c4. O Richter-Veresov raramente é jogado nos níveis avançados de xadrez. O Colle e o Paredão são considerados sistemas em vez de uma variação específica de abertura. As brancas desenvolvem uma formação particular sem grandes preocupações sobre como as Pretas escolherão se defender. Ambos os sistemas são populares em clubes pois são fáceis para aprender, mas raramente usados por profissionais porque um enxadrista bem preparado pode facilmente equilibrar a partida com as Pretas. O Gambito Blackmar-Diemer é uma tentative das Brancas de abrir linhas e obter chances de ataque. Muitos enxadristas professionais consideram muito arriscado para uma partida séria, mas é considerada popular em jogos amadores e xadrez relâmpago.

As mais importantes aberturas fechadas são da família do Gambito da Dama, onde as Brancas jogam 2.c4). O Gambito da Dama é de certa forma confundido, uma vez que as Brancas podem recuperar o peão ofertado se assim quiserem. No Gambito da Dama Aceito, as Pretas jogam...dxc4, desistindo do centro por um desenvolvimento livre e a chance para tentar dar as Brancas um Peão da Dama isolado com o subsequente...c5 e ...cxd5 enquanto as Brancas terão peças ativas e possibilidades para um ataque. As Pretas tem duas maneiras populares de recusar o Peão, a Defesa Eslava (2...c6) e o Gambito da Dama Recusado (2...e6). Ambos os movimentos levam a uma imensa floresta de variações que podem exigir uma grande habilidade para estudo de aberturas para jogar bem. Entre as muitas possibilidades do Gambito da Dama Recusado estão a Defesa Ortodoxa, a Lasker, a Cambridge-Springs, a Variação Tartakower, e as Tarrasch e Semi-Tarrasch.

Respostas das Pretas ao Gambito da Dama diferentes de 2...dxc4, 2...c6, e 2...e6 são incomuns. A Defesa Chigorin (2...Cc6) é jogável mas rara. A Defesa Simétrica (2...c5) é o mais direto desafio ao Gambito da Dama na teoria — Podem as Pretas equalizar a partida simplesmente copiando o movimento das Brancas? A maioria dos teóricos nas aberturas acredita que não, e conseqüentemente a Defesa Simétrica não é popular. A Defesa Báltica (2...Bf5) é a mais direta solução para resolver o problema do Bispo da Dama Preto através do seu desenvolvimento no Segundo movimento. Entretanto esta não é confiável para a maioria dos enxadristas de elite, não tem sido refutada e alguns Grandes Mestre muito fortes a tem usado. O Contragambito Albin (2...e5) é geralmente considerado muito arriscado para torneios de alto nível similarmente a Defesa Marshall (2...Cf6) sendo estes raramente vistos em jogos de Grandes Mestres, assim como a maioria dos teóricos as consideram definitivamente inferiores para as Pretas.


* 1.d4 d5 Abertura Dupla do Peão da Dama ou Abertura Fechada
* 1.d4 d5 2.Cc3 Cf6 3.Bg5 Ataque Richter-Veresov
* 1.d4 d5 2.c4 Gambito da Dama
* 1.d4 d5 2.c4 dxc4 Gambito da Dama Aceito (GDA)
* 1.d4 d5 2.c4 c5 Defesa Simétrica
* 1.d4 d5 2.c4 c6 Defesa Eslava
* 1.d4 d5 2.c4 Cc6 Defesa Chigorin
* 1.d4 d5 2.c4 e5 Contragambito Albin
* 1.d4 d5 2.c4 e6 Gambito da Dama Recusado (GDR)
* 1.d4 d5 2.c4 Bf5 Defesa Báltica
* 1.d4 d5 2.c4 Cf6 Defesa Marshall
* 1.d4 d5 2.e3 Ataque Paredão
* 1.d4 d5 2.e4 Gambito Blackmar-Diemer
* 1.d4 d5 2.Cf3 Cf6 3.e3 Sistema Colle
* 1.d4 d5 2.Bf4 Sistema Londres


Sistemas Índios (1.d4 Cf6)


Os sistemas índios são defesas assimétricas para 1.d4 que empregam a estratégia hipermoderna do xadrez sendo fianchettos são comuns em muitas dessas aberturas. Assim como as Aberturas Fechadas, transposições são muito importates em muitas das Defesas Índias e podem ser alcançadas por várias ordens diferentes de movimentos. Embora as Defesas Índias tenham sido campeãs na década de 1920 por enxadristas da escola hipermoderna, elas não foram totalmente aceitas até que os enxadristas soviéticos mostrarem no final da década de 1940 que estas eram boas para as Pretas. Desde então, as Defesas Índias têm sido a mais popular resposta para 1.d4 porque oferece uma partida desbalanceada com chances para ambos os lados.

A Defesa Benoni é uma arriscada tentativa das Pretas de desbalancear a posição e ganhar uma peça ativa ao custo de permitir as Brancas um peão calço em d5 e uma maioria no centro. As Brancas usualmente jogam por uma quebra no centro com e5, enquanto as Pretas tentam afetar ...b5. Tal popularizou a defesa na década de 1960, vencendo muitos jogos brilhantes com ela, e Bobby Fischer ocasionalmente a adotou, com bons resultados, incluindo uma vitória no Campeonato Mundial de 1972 numa partida contra Boris Spassky. As Pretas às vezes adotam uma ordem de movimento um pouco diferente, jogando 2...e6 antes de 3...c5. Muitos enxadristas fazem isto para evitar uma afiada linha das Brancas. Depois de 1.d4 Cf6 2.c4 c5 3.d5 e6 4.Cc3 exd5 5.cxd5 d6 6.e4 Bg7, as Brancas podem jogar a afiada 7.Bb5+ Cfd7 (considerada a melhor) 8.f4; mas jogando 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 c5, as Pretas evitam esta linha.

O Gambito Benko-Volga é algumas vezes utilizado por enxadristas fortes, e é muito popular em níveis iniciantes. As Pretas jogam para abrir linhas na ala da Dama onde as Brancas estarão sujeitas a uma considerável pressão. Se as Brancas aceitam o Gambito, a compensação das Pretas é posicional em vez de tática, e sua iniciativa pode durar mesmo após a troca de várias peças e bem dentro do final de partida. As Brancas às vezes escolher tanto decliner o Gambito como devolver o peão ganho.

Advogada por Nimzowitsch no início de 1913, a Defesa Nimzoíndia foi o primeiro sistema índio a ganhar total aceitação. Esta remanesce como uma das mais populares e bem respeitadas defesas para 1.d4. As pretas atacam o centro com peças e se preparam para trocar um Bispo por um Cavalo para enfraquecer a ala da Dama com peões dobrados.

A Defesa Índia da Dama é considerada sólida, segura, e talvez de alguma maneira empatável. As Pretas algumas vezes escolhem a Índia da Dama quando as Brancas evitam a Nimzoíndia jogando 3.Cf3 em vez de 3.Cc3. As Pretas constroem uma boa posição que não fazem concessões de posição, embora algumas vezes dificulte para as Pretas as chances de obter uma chance de vitória. Karpov é considerado um expert nesta abertura.

A Defesa Bogo-Índia é uma sólida alternativa para a Índia da Dama, em que algumas vezes é transposta. Esta é menos popular que a abertura, entretanto, talvez porque muitos enxadristas são aversos a desistir do par de bispos (particularmente sem dobrar is Peões das Brancas), como as Pretas terminam por fazer 4.Cbd2. A clássica 4.Bd2 De7 é algumas vezes vista, embora mais recentemente 4...a5!? e até mesmo 4...c5!? têm surgido como alternativas. 4.Cc3, transpondo para a Nimzoíndia é perfeitamente jogável mas raramente vista, uam vezque a maioria dos enxadristas que jogam 3.Cf3 fazem isto para evitar esta abertura.

A Defesa Índia do Rei é agressiva e de certa forma arriscada, e geralmente indica que as pretas não se satisfarão com um empate. Embora tenha sido ocasionalmente usada no início do século XIX, a Índia do Rei foi considerada inferior até a década de 1940 quando foi apresentada nas partidas de Bronstein, Boleslavsky, e Reshevsky. A defesa favorita de Fischer para 1.d4, perdeu popularidade no meio da década de 1970. O sucesso de Kasparov com a defesa restaurou a proeminência da defesa na década de 1980.

Ernst Grünfeld debutou a Defesa Grünfeld em 1922. Distinguida pelo movimento 3...d5, Grünfeld pretendia uma melhoria na Índia do Rei que não foi considerada inteiramente satisfatória na época. A Defesa Grünfeld tem sido adotada pelos Campeões Mundiais Smyslov, Fischer, e Kasparov.

A Defesa Índia Antiga foi introduzida por Tarrasch em 1902, mas é comumente associada com Chigorin que a adotou cinco anos depois. É similar a Índia do Rei em que ambas apresentam um peão no centro com ...d6 e ...e5, mas na Índia Antiga Preta o Bispo do Rei é desenvolvido para e7 em vez de ficar flanqueado em g7. A Índia Antiga é sólida, mas as posições são usualmente pregadas e falta as possibilidades dinâmicas encontradas na Índia do Rei.

A Abertura Catalã é caracterizada pelas Brancas formando um centro de Peões em d4 e c4 e flanquando o Bispo do Rei. Ela se parece com uma combinação do Gambito da Dama com a Abertura Réti. Desde que a Catalã pode ser alcançada de diferentes ordens de movimento, algumas vezes é chamada de Sistema Catalão.

O Ataque Neo-Índio, Ataque Torre, e o Ataque Trompowski são variações anti-Índia das Brancas. Relacionadas ao Ataque Richter-Veresov, elas apresentam um Bg5 inicial das Brancas e evitam muito da detalhada teoria de outras Aberturas do Peão da Dama.

O Tango do Cavalo Preto ou Defesa Mexicana introduzida por Carlos Torre em 1925 em Baden divide similaridades com a Defesa Alekhine com as Pretas tentando induzir um prematuro avanço do Peão das Brancas. Ela pode ser transposta em muitas outras defesas.

O Gambito Blumenfeld (ou Contragambito) leva a uma superficial mas equivocada semelhança com o Gambito Benko, pois os objetivos das Pretas são muito diferentes. As Pretas gambitam um Peão da ala na tentativa de construer um centro forte. As brancas podem tanto aceitar como decliner para manter uma pequena vantagem posicional. Embora seja jogável pelas Pretas, o Blumenfeld não é muito popular.

A Defesa Döry é incomum, mas foi algumas vezes adotada por Keres, e irá às vezes se transpor numa variação da Defesa Índia da Dama mas com linhas independentes.

A Defesa Budapeste raramente é jogada em partidas de Grandes Mestres, mas algumas vezes é utilizada por amadores. Embora seja um gambito, as Brancas usualmente permitem as Pretas recuperar o peão sacrificado.

* 1.d4 Cf6 2.c4 c5 Defesa Benoni
* 1.d4 Cf6 2.c4 c5 3.d5 b5 Gambito Benko-Volga
* 1.d4 Cf6 2.c4 Cc6 Tango do Cavalo Preto
* 1.d4 Cf6 2.c4 d6 Defesa Índia Antiga
* 1.d4 Cf6 2.c4 e5 Defesa Budapeste
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 Bb4 Defesa Nimzoíndia
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 Bb4+ Defesa Bogo-Índia
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 b5 Defesa Polaca
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 b6 Defesa Índia da Dama
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 c5 4.d5 b5 Contragambito Blumenfeld
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 Ce4 Defesa Döry
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Bg5 Ataque Neo-Índio
* 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.g3 Abertura Catalã
* 1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 d5 Defesa Grünfeld
* 1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 Bg7 Defesa Índia do Rei (DIR)
* 1.d4 Cf6 2.Nf3 e6 3.Bg5 Ataque Torre
* 1.d4 Cf6 2.Cg5 Ataque Trompowski


Outras respostas das Pretas para 1.d4


Existem muitas outras defesas que podem ser usadas para 1.d4. A mais comum é a agressiva Defesa Holandesa. A Holandesa, adotada por um tempo pelos campões mundiais Alekhine e Botvinnik, e jogada Botvinnik e seu desafiante David Bronstein no Campeonato Mundial de Xadrez de 1951, ainda é utilizada ocasionalmente por enxadristas de alto nível como Short e outros. Outra abertura bastante comum é a Defesa Benoni, que pode se tornar bem variada se transposta para a Benoni Moderna, de qualquer forma outras variações são mais sólidas. O Gambito Englund é um raro e dúbio sacrifício. A Defesa Polaca nunca foi muito popular mas Spassky, Ljubojevic, e Csom, entre outros, tentaram utilizá-la. A Defesa Keres (também conhecida como Defesa Canguru), é totalmente jogável, mas tem pouca significância, desde que é transposta na Holandesa, Nimzoíndia, ou Bogo-Índia. A Defesa do Cavalo da Dama é uma abertura incomum que muitas vezes se transpõe na Defesa Nimzowitsch depois de 1.d4 Nc6 2.e4 ou na Defesa Chigorin depois de 2.c4 d5, embora possa levar a linha únicas, como por exemplo depois de 1.d4 Cc6 2.d5 ou 2.c4 e5.

* 1.d4 b5 Defesa Polaca
* 1.d4 c5 Defesa Benoni
* 1.d4 Cc6 Defesa do Cavalo da Dama
* 1.d4 d6 Defesa Wade
* 1.d4 e5 Gambito Englund
* 1.d4 e6 2.c4 b6 Defesa Inglesa
* 1.d4 e6 2.c4 Bb4+ Defesa Keres
* 1.d4 f5 Defesa Holandesa


Aberturas de Flanco (incluindo a Inglesa, Réti, Bird, e flancos das Brancas)


As Aberturas flanco são um grupo de aberturas das Brancas tipificadas por um ou ambos os flancos. As Brancas jogam no estilo hipermoderno, atacando o centro pelos flancols com peças em vez de ocupá-lo com Peões. Estas aberturas são jogadas às vezes, e 1.Cf3 e 1.c4 perseguem apenas 1.e4 e 1.d4 em popularidade de movimentos de abertura.

A Abertura Réti é caracterizada pelas Brancas jogando 1.Cf3, flanqueando um ou os dois Bispos, e não jogando de início d4 (o que geralmente transporia em uma abertura de 1.d4).

O Ataque Índio do Rei (AIR) é um sistema desenvolvido pelas Brancas que pode ser usado como resposta para quase todas as Aberturas das Pretas. A característica do AIR é configurar 1.Cf3, 2.g3, 3.Bg2, 4.0-0, 5.d3, 6.Cbd2, embora 7.e4, embora estes movimentos possam ser jogados em diferentes ordens. De fato, o AIR é provavelmente mais utilizado depois de 1.e4 quando as Brancas o usam para responder a uma tentative das Pretas de jogar uma Abertura Semi-Aberta tal como a Caro-Kann, Francesa, ou Siciliana, ou mesmo em jogos abertos. Seu grande apelo talvez seja que adotando um padrão de desenvolvimento, as Brancas podem evitar uma larga quantidade de estudos requeridos para encontrar a maioria das diferentes possibilidades de resposta das Pretas para 1.e4.
A Abertura Inglesa também é frequentemente transposta em aberturas 1.d4, mas pode ter uma característica independente como bem incluindo variações simétricas (1.c4 c5) e a Defesa Siciliana revertida (1.c4 e5).

A Abertura Larsen e a Sokolsky são ocasionalmente vistas em partidas de GMs. Benko usou 1.g3 para derrotar Fischer e Tal em 1962 no Torneio de Candidatos em Curaçao.

Com a Abertura Bird as Brancas tentam ter um forte apoio sobre a casa e-5. A abertura pode lembrar a Defesa Holandesa invertida depois de 1.f4 d5, ou as Pretas podem tentar interromper as Brancas jogando 1...e5!? (Gambito From).
* 1.b3 Abertura Larsen
* 1.b4 Abertura Sokolsky
* 1.Cc3 Abertura Dunst
* 1.c4 Abertura Inglesa
* 1.Cf3 Abertura Réti (caracteristicamente seguida pelo flanqueamento de um ou dois Bispos e não jogando de início d4)
* 1.Cf3, 2.g3, 3.Bg2, 4.0-0, 5.d3, 6.Cbd2, 7.e4 Ataque Índio do Rei (AIR) (movimentos podem ser jogados em ordens diferentes)
* 1.f4 Abertura Bird
* 1.g3 Abertura Benko


Movimentos não usuais para as Brancas


Cada uma destas aberturas raramente é adotada por uma ou mais das seguintes razões: é considerada muito passiva para as Brancas (1.e3, 1.d3, 1.c3); gratuitamente enfraquece as posições das Brancas (1.f3, 1.g4); não faz nada para ajudar o desenvolvimento das Brancas ou controlar o centro (1.f3, 1.a4, 1.h4); ou desenvolve o cavalo para uma casa inferior (1.Ch3 ou 1.Ca3).


* 1.a3 Abertura Anderssen
* 1.Ca3 Abertura Durkin
* 1.a4 Abertura Ware
* 1.c3 Abertura Saragossa
* 1.d3 Abertura Mieses
* 1.e3 Abertura Van 't Kruijs
* 1.f3 Abertura Barnes
* 1.g4 Ataque Grob
* 1.h3 Abertura Clemenz
* 1.Ch3 Abertura Amar
* 1.h4 Abertura Deprès


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

* BATISTA, Gérson P. e BORGES, Joel C. "O Espírito da Abertura". São Paulo : Ciência Moderna, 2004.

* D’AGOSTINI, Orfeu. "Xadrez Básico". São Paulo : Ediouro, 1954.

* FILGUTH, Rubens. "Xadrez de A a Z: dicionário ilustrado". Porto Alegre : Artmed, 2005.

* REINFELD, Fred. "Manual Completo de Aberturas de Xadrez". São Paulo: Ibrasa, 2003. 16. ed

* http://www.eudesign.com/chessops/ch-clear.htm acessado em 03/07/2010

* http://www.chessgames.com/perl/explorer acessado em 03/07/2010

* http://www.ixc.com.br/biblioteca/aberturas.php acessado em 03/07/2010

* http://xadrez.altervista.org/xadrez/aberturas.htm acessado em 03/07/2010

* http://www.clubedexadrez.com.br/menu_teoria.asp acessado em 03/07/2010

*http://www.clubedexadrez.com.br/portal/torre21/?xadrez=iniciantes acessado em 11/09/2009